Tosse dos Canis – Tudo o que você precisa saber

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Também conhecida como Traqueobronquite Infecciosa Canina ou traqueíte, a Tosse dos Canis é uma das doenças mais comuns entre os cachorros. Causando uma série de problemas respiratórios no animal, a complicação é mais comum em filhotes, mas também pode acometer cães de todas as idades e ser transmitida para os seres humanos, sendo considerada uma zoonose.

Transmitida por meio do contato direto de um cão sadio com um animal contaminado, a Tosse dos Canis tem uma incidência maior em cachorros que convivem em ambientes onde há aglomerações de animais – e é daí que vem o seu nome, já que os canis são o local perfeito para a propagação da doença.

Por desencadear sessões intermináveis de tosse e espirros nos cães infectados, a complicação se torna ainda mais contagiosa, já que, por meio destes sintomas, a sua propagação é facilitada, tendo o ar como um meio condutor da doença. O problema se torna ainda mais comum em estações de tempo mais frio, como o inverno; e durante esse período os cuidados devem ser redobrados para evitar o contágio dos pets.

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Tendo os vírus Adenovirus Tipo II, Parainfluenza Vírus e a bactéria Bordetela Bronchiseptica (que também afeta os seres humanos) como principais agentes, a Tosse dos Canis destaca sintomas e complicações muito mais graves quando é ocasionada por bactérias, e é uma doença que pode permanecer encubada nos animais contaminados por até dez dias antes de se manifestar.

Prevenido por meio da vacinação anual dos cães, o problema pode causar uma série de consequências graves nos animais acometidos e, caso não seja tratada de maneira adequada, pode levar até mesmo à morte, pelo fato de o animal não conseguir se alimentar. Conheça, neste artigo, um pouco mais sobre a Tosse dos Canis, e saiba como identificar e tratar o problema em casos de ocorrência com o seu pet.

Transmissão da Tosse dos Canis

Causada, principalmente, pela bactéria Bordetela Bronchiseptica, a Tosse dos Canis – popularmente chamada de “gripe dos cães” – é altamente contagiosa, sendo transmitida por meio do contato direto entre animais sadios e contaminados. Sua propagação por aerossol também é bastante comum; já que, por causar muitos espirros e tosse constantes, se dissemina facilmente em ambientes onde haja muitos animais juntos, como canis.

No entanto, não são somente os canis que se apresentam como ambientes propícios para que a doença se alastre, e locais como pet shops, hotéis para cães e até hospitais veterinários podem ser considerados entre os ambientes de risco para a contaminação. Objetos usados por cachorros infectados também podem ajudar na propagação da doença e, portanto, animais sadios devem ficar longe de qualquer item usado por um cão doente, incluindo bebedouros, brinquedo, camas, comedouros e pentes, entre outros.

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Por ser de fácil transmissão, nada impede que um pet se contamine com a Tosse dos Canis em parques, praças, quintais, locais de banho e tosa e até no simples contato com outros animais durante um passeio nas ruas – portanto, a vacinação e os cuidados de prevenção da doença devem ser bem observados e seguidos por quem tem um cãozinho como parte da família; impedindo que o problema faça parte da sua vida.

Vale lembrar que filhotes recém desmamados são os animais com maior risco de contrair a doença, assim como os que tem problemas de imunidade (normalmente, em função de outras complicações); por isso, a exposição de animais que se encontram nestas condições deve ser evitada até que ele tenha recebido todas as vacinas recomendadas.

Fatores ambientais também podem favorecer a contaminação dos animais pela doença, e a exposição dos pets a fatores que possam irritar as narinas e causar tosse nos cães (como produtos de limpeza, locais com acúmulo de poeira e mudanças drásticas de temperatura) também deve ser cuidadosamente evitada.

Sintomas da Traqueobronquite Infecciosa Canina

O principal sintoma da doença é, sem dúvidas, o que dá nome à ela: a tosse. Podendo começar a se manifestar até dez dias após o contágio, a tosse típica do problema se caracteriza por ser constante, seca e, em alguns casos, acompanhada por uma espécie de espuma branca; dando a impressão de que o animal está engasgado com alguma coisa ou com ânsia de vômito.

Espirros também são bastante frequentes nos cachorros com a Tosse dos Canis e, em casos de maior gravidade, sinais como febre, perda de apetite, coriza, depressão, tosse com catarro e secreções nos olhos também podem aparecer – facilitando com que a doença evolua para uma pneumonia, por exemplo, que pode ser fatal.

A apatia é outro sinal bem comum aos cães contaminados pela doença, e a prática de exercícios e brincadeiras nesse período pode piorar bastante o estado do animal (que costuma recusar qualquer tipo de agitação quando contaminado pela doença), potencializando seus sintomas.

Meios de prevenção da doença

A maneira mais segura de prevenir a contaminação de um animal pela Traqueobronquite Infecciosa Canina é a vacinação, que deve ser administrada ao cão ainda filhote (a partir dos dois meses de vida) junto com as demais vacinas preventivas, como a antirrábica, a que previne a giárdia e a polivalente – que protege os cachorros contra Hepatite Infecciosa Canina, Parvovirose, Cinomose, Coronavirose, Adenovirose, Leptospirose e Parainfluenza.

Por prevenir os cães contra os vírus que causam a doença, a vacinação não impede por completo que os cães sejam acometidos pelo problema quando causado pela bactéria Bordetela Bronchiseptica. No entanto, as consequências da Tosse dos Canis em cachorros não vacinados são consideravelmente piores, e podem, de fato, levar o animal ao óbito.

Tendo isso em mente, fica claro que a exposição de animais não vacinados a ambientes de risco para a doença (como canis, clínicas veterinárias, hotéis para cães e lojas de animais, entre outros) deve ser evitada; assim como os passeios nas ruas em tempos de muito frio – que favorecem a contaminação pela doença e o desenvolvimento de complicações mais difíceis de tratar.

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Tratamento da Tosse dos Canis

O tratamento da Tosse dos Canis será indicado de acordo com os sintomas, o agente causador e o nível de desenvolvimento da doença no animal. Portanto, ao notar qualquer sinal que possa indicar a presença do problema em seu pet, é fundamental que uma consulta a um médico veterinário seja marcada – garantindo que ele seja diagnosticado e tratado o mais rápido possível e, ainda, impedindo que ele transmita a complicação para outros animais.

Na grande maioria das vezes, um profissional consegue definir o diagnóstico da doença somente com o exame clínico, já podendo indicar o tratamento mais correto. No entanto, casos mais graves da Tosse dos Canis podem se apresentar de maneira bastante similar com os sintomas do início da Cinomose e, nestas situações, exames laboratoriais podem ser requisitados para que seja possível a diferenciação do quadro com clareza.

Antibióticos, anti-inflamatórios e anti-tussígenos são alguns dos medicamentos mais recomendados para a cura da doença, e xaropes também podem ser indicados para diminuir os sintomas dos cães, aliviando a tosse seca e constante que é típica do problema. A reposição de fluidos e inalações também podem ser recomendadas nos casos em que o animal fica desidratado em função da doença, e uma série de cuidados especiais também são necessários para garantir que a complicação não se espalhe ainda mais e o seu pet se recupere de maneira adequada.

O cachorro acometido pela Traqueobronquite Infecciosa Canina, quando em tratamento, deve ficar por, pelo menos, sete dias em repouso; evitando atividades muito agitadas e qualquer tipo de exercício. O ambiente em que o animal vive também deve ser livre de fatores que possam potencializar os sintomas da doença, como poeira, fumaça, umidade e frio – sendo recomendado que o pet conte com uma casinha própria, para que possa relaxar durante esse período de recuperação.

O consumo de líquidos deve ser bem observado, e os cachorros em tratamento devem ser bastante hidratados, consumindo água por muitas vezes ao dia. Evitar o estresse no ambiente de vida do cão também é importante, e os donos do pet acometido pela Tosse dos Canis devem dar preferência às coleiras peitorais – evitando as mais tradicionais (que são presas ao pescoço do animal) para não causar mais desconforto.

Boa parte dos animais contaminados com a Tosse dos Canis não desenvolvem sintomas muito graves e, nestes casos, nenhum tratamento específico é recomendado; já que, na maioria das vezes, os poucos e leves sintomas do problema deixam de se manifestar no cão após cerca de 15 dias.

Fonte: CachorroGato @ http://www.cachorrogato.com.br/cachorros/tosse-dos-canis/